Está na hora de falarmos sobre ESG?

O termo da vez, junto com inovação, é ESG - finalmente.

E aí, let's talk BUZZINESS?

Vamos para mais uma edição sobre negócios e, como você leu pelo título, vamos falar de ESG.

Assim como a palavra “inovação” está na moda, “ESG” também está (finalmente). Confesso que, até eu, Matheus, como capitalista, acredito que não estamos fazendo o melhor para o nosso mundo e nossas futuras gerações.

A produção de matéria no mundo está avassaladora e não nos importamos com os tipos de produtos que produzimos e deixamos no nosso planeta, acumulando cada vez mais entulho.

Não sei se você sabe disso, mas chegamos num ponto importante da nossa história. Segundo um estudo da Nature a massa produzida pelo homem ultrapassou a massa vida da Terra. Você pode conferir no link a matéria do Terra: https://www.terra.com.br/noticias/climatempo/massa-dos-objetos-construidos-pelo-homem-supera-a-biomassa-viva,376191e81304cf7c35590951283cbffc77j16j6c.html

Tem um termo utilizado para empresas que “fingem” que praticam ESG, que seria “green washing”, que seria como “lavagem verde” em inglês. Agora se ouvir ou ler esse termo por aí, já sabe o que é.

Acredito que todos aqui já ouviram falar sobre o termo ESG, mas você sabe o que é?

Abaixo compartilho com você mais sobre a aula que tive sobre ESG na minha certificação como Conselheiro, ministrada pelo Alberto Maia.

ESG é a sigla para Environment (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança), que são os três critérios utilizados para avaliar o desempenho e responsabilidade das empresas e seus investimentos nos fatores ambientais, sociais e de governança.

É um conjunto de critérios ambientais, sociais e de governança a serem considerados na avaliação de riscos, oportunidades e respectivos impactos, com o objetivo de nortear atividades, negócios e investimentos sustentáveis.

Ao redor do mundo, existem órgãos e empresas criando scores para que empresas possam seguir e de fato cada vez mais virarem instituições voltadas para ações ESG, porém ainda não existe nenhuma oficial. No Brasil, existem duas que se destacam como as exemplares: da B3, chamado de ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) e da ABNT, chamado de PR2030.

Abaixo estão imagens de tópicos que cada uma acredita serem as principais ações para implementação nas instituições, separadas por cada sigla (Environment, Social e Governance).

  • ISE:

  • ABNT

Com esses tópicos, podemos ter um norte de como organizar as companhias para um futuro mais sustentável.

Uma pergunta que o Alberto fez durante sua apresentação foi: é possível executar ESG em pequenas e médias empresas?

Afinal de contas, são a grande maioria da constituição de empresas no nosso país, portanto é de sumária importância que pensem e ajam em relação a tema tão relevante, rumo ao capitalismo consciente.

Importante: tem um termo utilizado para empresas que “fingem” que praticam ESG, que seria “green washing”, que seria como “lavagem verde” em inglês. Agora se ouvir ou ler esse termo por aí, já sabe o que é.

Ajudando a mudar o mundo rumo ao capitalismo consciente, John Elking, em 1994, cunhou o termo tripple bottom line, que seria algo como tripla linha do fundo, na tradução direta. A linha do fundo, pensando numa planilha, é a do lucro.

Portanto, neste termo, ele destaca que as empresas devem ter três números finais que devem ser importante e não somente um, do lucro. A imagem abaixo representa bem o tripple bottom line.

O termo “capitalismo consciente” veio dos Estados Unidos. Possui como objetivo elevar a consciência das lideranças para práticas empresariais baseadas na geração de valor para todos os stakeholders.

Gerar lucro por meio de valor intelectual, físico, ecológico, social, emocional, ético e até mesmo espiritual a todas as partes interessadas do negócio, sem prejuízo à geração de lucros a investidores e acionistas.

O Instituto Capitalismo Consciente Brasil acredita no poder e na responsabilidade das empresas no avanço da Agenda 2030 proposta pela Organização das Nações Unidas, traduzida em seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Saiba mais sobre o manifesto e Capitalismo Consciente no link a seguir:

Quando começaremos a levar o ESG a sério e qual a importância para o planeta?

Primeiramente, é algo que todas as empresas terão que abraçar. Não duvido que no futuro, teremos um órgão para avaliar as empresas em relação à suas ações ESG, como se fosse uma “Receita Federal do ESG”, em que as companhias terão de pagar multas se não estiverem com suas práticas em dia.

Se você é um empreendedor e está a frente de sua companhia, deve estar sempre a frente das decisões da empresa pensando nas alocações que a empresa fará.

Confira seis princípios para Investimentos Responsáveis em que fundadores devem saber:

  1. Incorporaremos os temas ESG às análises de investimento e aos processos de tomada de decisão;

  2. Seremos pró-ativos e incorporaremos os temas ESG às nossas políticas e práticas de propriedade de ativos;

  3. Buscaremos sempre fazer com que as entidades nas quais investimos divulguem suas ações relacionadas aos temas ESG;

  4. Promoveremos a aceitação e implementação dos Princípios dentro do setor do investimento;

  5. Trabalharemos unidos para ampliar a eficácia na implementação dos Princípios;

  6. Cada um de nós divulgará relatórios sobre atividades e progresso da implementação dos Princípios

Com isso, podemos ter um norte para onde os fundadores devem levar a empresa, ou pelo menos apontar a direção ideal.

Porém, não adianta saber para onde levar a empresa, se não souber onde ela está hoje. Abaixo temos algumas perguntas importantes que devem ser respondidas em reuniões de sócios, que seria prudente estar com alguns executivos líderes da empresa para entender o que pensam de cada pergunta, para que estejam todos alinhados onde a empresa se encontra atualmente, o que representa e onde quer chegar.

As perguntas estão separadas em quatro pilares, que você confere abaixo:

  1. PROPÓSITO - Qual é o propósito da empresa?Nossas decisões estratégicas levam em consideração este propósito? Como isto acontece na prática?Os sistemas de avaliação e recompensas estão alinhados à estratégia e ao propósito da empresa?

  2. LIDERANÇA - Quais são os critérios que adotamos para contratar e promover liderançasEstes critérios extrapolam questões técnicas e levam em consideração dimensões como inteligência emocional e capacidade de influenciar as pessoas em torno de uma causa?

  3. CULTURA - A empresa faz diagnóstico de cultura? Qual foi a data do último diagnóstico?Quais os tipos de cultura existentes na empresa?Como a cultura vem sendo desenvolvida na empresa? Quais as práticas realizadas?

  4. STAKEHOLDERS - Se a decisão for tomada, quem será beneficiado e quem será prejudicado? Esta decisão reforça os direitos e valores de quem?Que tipo de pessoa eu me tornarei se tomar esta decisão? Qual será o meu legado?

Anote e responda essas perguntas, podem mudar os próximos passos da sua companhia.

Para finalizar, uma frase de Steve Jobs: “a chave do sucesso nos negócios é perceber para onde o mundo está indo e chegar lá primeiro.”

E o mundo está cada vez mais focado em inovação para encontrar maneiras de se diferenciar, e também ESG, para que sigamos para um futuro mais adequado para as futuras gerações.

Espero que este artigo tenha lhe gerado valor e mais sabedoria sobre ESG, além de sua importância e como estará cada vez mais presente no nosso cotidiano.

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