Anotações do G4 Valley (parte 1)

Dois dias do maior evento do G4, resumidos para você!

Esse final de semana teve um evento incrível do G4 Educação, o G4 Valley.

Dois dias de muitos conteúdos e palestras incríveis.

Foram praticamente 4.000 pessoas no presencial e mais 5.000 no online.

Nesta edição de hoje, queremos compartilhar nossas anotações e aprendizados durante as palestras para que você tenha acesso ao filet mignon, ao ouro, do maior evento jé realizado pelo G4.

Queremos iniciar salientando que TODOS os palestrantes mencionaram algo em comum, uns com mais profundidade do que outros. É sobre PESSOAS, eles são os maiores ativos da sua empresa.

Se constrói empresa forte com cultura decente.

O primeiro palestrante foi o Paulo Sérgio de Camargo, atual CEO da Espaço Laser. Ele foi o CEO do McDonalds Brasil e responsável pela inovação da marca para Méqui.

Tudo começou com uma sacada que o time dele percebeu sobre o alto turnover dos funcionários do McDonals. As pessoas ficavam pouco, portanto sempre tinha troca de time, o que deixa complicado de manter a qualidade do serviço e dos produtos.

Então, decidiu passar mais tempo dentro dos restaurantes para ver o motivo desse alto turnover.

Percebeu que os funcionários não gostavam de trabalhar no Mc, que era tudo sem graça. Uniformes feios, processos chatos, zero espaço para inovação e erro.

Era uma polo cinza com listras amarelas e vermelhas, e eram obrigados até a usar meias brancas. Parecia uma marca sem alma.

Então, começou a mexer em algumas frentes.

Ex CEO do McDonals palestrando

Inovação vem de fazer tarefas diferentes, que podem resultar em erros. Estar aberto a erro é estar aberto a inovação.

Chamou o processo de #McEvolution!

Na época eram 60.000 funcionários, ele pediu para a matriz para trocarem os uniformes.

Sabe qual foi a resposta? 18 meses.

Ele entendeu, mas não aceitou.

Fez diversos pedidos de várias polos coloridas em vários fornecedores da própria 25 de Março, em São Paulo, e partes distintas do Brasil, e começou a distribuir aos funcionários do Mc, para que tivesse um aspecto mais colorido e alegre.

Em 18 dias quase todos os funcionários estavam com uniformes novos. De 18 meses para 18 dias!

Assim, a marca ficou com mais alma e mais o rosto dos funcionários.

“Muitas vezes não é sobre números, é sobre gente.”

E o mais incrível, ele fez todas essas mudanças de McDonalds para Méqui sem pedir autorização da matriz nos EUA.

Ele falou sobre Liderança Ousada, mas com responsabilidade.

McDonalds (nome corporativo) → Méqui (apelido carinhoso = mais conexão)

Além do visual, tirou o modelo de duas filas. Modernizou o McDonalds com tokens espalhadas para que se pegue somente essa fila e quando o lanche fica pronto, você retira. Ficou mais eficiente.

Adicionou hambúrgueres gourmetizados, pois estavam perdendo espaço para hamburguerias que não são fast-food, melhorando a qualidade do cardápio e da percepção do McDonalds como um todo.

Foram várias mudanças incríveis que foram feitas e hoje o McDonalds é maior e mais lucrativo por causa de suas mudanças. Uma história incrível.

Poderíamos fazer um artigo para cada palestra dos dias de tantas anotações que fizemos, mas vamos tentar manter este artigo conciso.

Se quiser saber mais das frases em destaque faladas pelos palestrantes, não deixe de nos seguir no Twitter (X) e no Instagram.

O próximo a subir no palco foi o Pedro Bartelle, CEO da Vulcabras, dona da Olimpikus, Mizuno e Under Armour no Brasil.

Disse que um grande marco da empresa foi quando ele começou a acompanhar as vendas de seu clientes para poder melhorar a eficiência de sua produção e também ajudar seus próprios clientes a venderem mais.

Se os seus clientes crescessem, ele cresceria junto. Ganha, ganha.

Portanto, começou a acompanhar as vendas de seus clientes, o que chamam de sellout.

Algumas de suas frases:

  • Decisões devem sempre estar alinhadas com a visão de longo prazo.

  • Temos que falar não para coisas boas para dizer sim para as ótimas.

  • Críticas devem ser seguidas de sugestões, para que vire algo positivo, com progresso.

  • Faça uma lista de prioridades e faça uma por uma da lista, muito bem feitas.

  • Saiba escutar. A resposta muitas vezes vem de onde você menos espera.

Disse também que palavras devem ser definidas, peque pelo excesso.

“Esse projeto vai sair baratinho” - baratinho quanto?

“Ah, vai ser rapidinho” - rapidinho quanto?

Também contou a história que a Vulcabras estava investindo forte na época pré Copa do Mundo e Olimpíadas, em que o foco mundial estava para o Brasil.

Porém, com o foco mundial para nós, muitas marcas de fora vieram com força também, e não tiveram os números que estavam esperando. Essa fase resultou numa dívida de R$1 bilhão! Com o tempo e boa gestão da empresa, as coisas melhoraram.

Hoje a Vulcabras vale mais de R$5 bilhões com capital aberto na Bolsa de Valores.

E terminou o bate papo falando que um dos papéis do gestor é se tornar dispensável. A empresa deve rodar sem ele, funcionar bem sem que ele esteja em cima. Todo gestor deve chegar nessa patamar, para que cada vez mais foque no estratégico, mais do que no operacional e tático.

Depois desse bate papo com muitas anotações, foi a vez do Alfredo Soares entrar no palco e falar sobre Geração de Receita.

Na primeira edição do G4 Valley ele falou sobre a importância de canais para vendas, e nesta edição sua apresentação foi parecida.

Foi uma aula!

Disse que o mais difícil hoje não é vender, e sim fazer o cliente prestar atenção na sua marca, pelo alto número de concorrentes e conteúdos da atualidade.

Falou da importância de mídias sociais para as empresas e que todos, incluindo os fundadores deveriam investir em conteúdos para criar mais conexão das pessoas com a marca.

Multicanalidade é algo que falamos num artigo do Let's Talk BUZZINESS, que ressaltar a importância de estar presente em vários canais para atingir mais pessoas e as pessoas terem mais acesso e conexão com sua marca.

Algumas de suas frases:

  • Conversão é cada etapa da jornada.

  • Clientes são o processo, não o resultado do processo.

  • O objetivo da jornada é identificar, conectar, vender, atender e encantar.

  • Lucrar é o objetivo do negócio, sem palavrinhas bonitas.

  • Faturar é diferente de lucrar. Não é só sobre vender mais, mas vender melhor.

Algo que o Alfredo mencionou que o Pedro Sobral mais tarde também comentou que, achamos super interessante, é entender a jornada do cliente e seu nível de consciência da marca.

Existem pessoas que nunca ouviram falar de sua marca, pessoas que já conhecem e pessoas que acompanham diariamente. Também existem pessoas que já compraram produtos uma vez e pessoas que compram com frequência.

Para cada um desses grupos dentro do funil, você deve produzir um conteúdo de atingi-lo de maneira diferente. Não dá para fazer um tipo de conteúdo que sirva para todos.

Por isso, atualmente, não podemos fazer somente um tipo de conteúdo em uma plataforma, mas vários conteúdos diferentes, em várias plataformas para vários grupos de pessoas que tem consciências diferentes em relação a sua marca/empresa.

Jornada do cliente, níveis de consciência e palavras chave

“Não existe canal pago - existe o que vale investir e o que não vale”

Tudo isso acima que o Alfredo disse e mostrou pode ser resumido em uma frase: criar maneiras de pessoas se conectarem com sua marca.

Criação e desenvolvimento de marca (Branding); estratégias para atingir as pessoas da maneira adequada (Marketing); converter a atenção e conexão das pessoas em dinheiro (Vendas).

Aqui vão algumas perguntas que você precisa saber responder sobre os canais que você atua:

Seja o rosto da sua marca. Marca que não tem conexão pessoal é fria e as pessoas não gostam. Tanto o Alfredo quanto o João Adibe da CIMED falaram isso.

Falando em João Adibe, Alfredo destacou que ele sempre está fazendo algo para criar conteúdo, para criar mais conexão com as pessoas e consequentemente, com a CIMED. E é isso que você deve fazer com sua marca. Ser o rosto e criar conteúdos que as pessoas tenham vontade de acompanhar para se conectarem mais e estarem mais próximos de sua marca.

Para finalizar, uma lista de priorização para 2024:

  • invista em sua marca

  • domine sua geração de demanda

  • construa sua máquina de vendas

  • venda sua escada de valor

  • seja uma comunidade

Próxima palestra que vimos foi do Marcelo Toledo, ex CTO da Oi e ex sócio do NUBANK.

Já tínhamos visto ele falar na primeira edição do G4 VALLEY e desta vez fez uma apresentação similar.

“Empreender não é criar produto, é resolver problema do cliente e monetizar.”

Diz que jornadas se iniciam com um passo e que existem 3 tipos de pessoas:

  • do oba oba - só querem ir na onda

  • aprendedores - sempre estudando

  • executores - quem faz

“As vezes é preciso colocar os bois na frente da carroça.”

Ou seja, primeiro começar e depois ajeitar.

Tem uma analogia que já ouvimos que representa bem também: empreender é igual pular de um avião sem abrir o paraquedas. Você vai ter que pular e depois, no caminho, descobrir como abre.

Mencionou algo bem interessante, de uma entrevista com a ex mulher do Steve Jobs, com o Tim Cook, atual CEO da Apple. Na entrevista foi perguntado: o que continua igual na Apple até hoje desde o início? Todos concordaram: times pequenos.

Quando uma empresa vai atingindo a maturidade e ficando maior, o principal problema é a comunicação. Por isso, em todas as empresas que liderou, Toledo sempre fez questão de manter Squads pequenos, de até 15 pessoas, em que mais de um Squad forma uma tribo. Cada Squad tem um líder, assim como cada tribo.

E para manter a comunicação ativa e transparente ele aplica 4 rituais:

  • daily: reunião diária para alinhamento daquele dia, do que será feito.

  • planning: a cada duas semanas, para alinhar o que será feito.

  • retrospectiva: o que melhorar? Feito a cada duas semanas.

  • demo: sincronia e celebração - toda sexta algumas pessoas eram chamadas na frente de toda empresa para dizer no que estavam trabalhando, por sorteio. Não era uma cobrança e sim uma maneira de comunicar para a empresa sobre seu serviço no momento, para atualização das pessoas.

Além da comunicação, também falou bastante sobre CULTURA.

“A maioria das contratações é pela técnica, a maioria das demissões é por Fit cultural.”

Mais um adicional da palestra do Marcelo foi a importância de INDICADORES.

Ele disse que espalha várias televisões pela empresa para que todos tenham acesso aos números, assim melhorando a comunicação e fazendo com que todos entendam em que ponto estão e onde precisam chegar.

Para finalizar, ele já fez centenas de consultorias e percebeu que praticamente todos os problemas são os mesmos e que quase todos se resolvem alinhando:

  • CULTURA (como espinha dorsal)

  • PESSOAS (certas nos lugares certos)

  • GESTÃO (por indicadores)

Gostamos muito da palestra, mesmo sendo parecida com a primeira edição do VALLEY. Sempre dá para aprender e absorver algo novo.

Próxima palestra foi do TG (Tallis Gomes), fundador do G4. Na sua palestra, também fez uma apresentação parecida com a primeira edição do VALLEY, em que falou sobre os 4 pilares que todo CEO prestar atenção na empresa.

As anotações dessa apresentação serão compartilhadas na NEWSLETTER MATMITZZ, no LinkedIn do fundador da MITZZ. Se você ainda não está inscrito, agora pode ser um bom momento para acompanhar um pouco da jornada da criação da MITZZ. Link abaixo:

Agora, no domingo, João Victor, COO e um dos sócios do G4, falou sobre Inteligência Artificial e duas plataformas que construiu com somente mais dois integrantes do time, sem código, para ajudar na produtividade do G4 Educação.

As duas plataformas foram de SDR e Executivo. A primeira, seria uma sigla comumente utilizada que significa Sales Development Representative, que seria um prospector, um representante no desenvolvimento de vendas. Usam Inteligência Artificial para ligar para mais pessoas que podem estar interessadas em adquirir produtos do G4. Aumentando o número de ligações, as vendas aumentaram.

 A segunda escuta conversas dos vendedores com os clientes (ou possíveis clientes), transcreve tudo, faz um resumo da ligação, e depois analisa sugerindo os pontos que podem ser melhorados.

Somente essas duas ferramentas fizeram grande diferença na receita do G4, imagina o que mais pode ser implementado para aumentar a eficiência de várias áreas da empresa.

Inteligência Artificial está mudando tudo. Um dos setores que sentiu suas receitas diminuirem após a IA chegar a público foi o de consultorias. É fácil abrir o ChatGPT (ou outra ferramenta), escrever o cenário atual da empresa e pedir sugestões de melhorias. Quem acompanha o PORTAL aqui e recebe os artigos de IA já pode ter uma ideia.

Antes eram pagos milhares de reais para que fosse uma equipe dentro de sua empresa, estudasse os setores e apresentasse possíveis melhorias, sem dizer o tempo gasto. Hoje você pode saber a resposta em alguns minutos se souber fazer as perguntas certas e apresentar sua empresa adequadamente para a máquina.

Uma pergunta que foi feita durante o bate papo foi: como implementar a inteligência artificial nas empresas?

Foi discutido que a melhor maneira é a liderança levantar a bandeira e dar o exemplo, fornecendo treinamentos sobre ferramentas que podem ajudar a empresa e incentivando pessoas a irem se familiarizando com sistemas que podem ajudar seu serviço.

Mencionaram que em breve as empresas terão um “Chief Artificial Intelligence Officer” (CAO ou CAIO), uma pessoas do alto escalão responsável pela área de Inteligência Artificial dentro das empresas.

Quem sabe não seja você, que está lendo isso e acompanha nossos conteúdos de IA. Cada vez mais compartilharemos conteúdos para te deixar mais apto usar essa tecnologia na sua empresa, e quem sabe, não virar um especialista no assunto.

Outro ponto importante que mencionaram foi que não adianta saber usar as ferramentas de IA se não souber com O QUE usar.

“Quero usar IA.” Mas para quê? Tem que saber.

Tem que saber para onde ir:

  • qual o objetivo?

  • como medir? Quais os indicadores?

  • em quanto tempo?

  • quem é o responsável?

Tudo isso tem que estar claro, se não IA não vai te ajudar tanto.

Comece pelo simples, não precisa ser mega inovador. Comece entendendo como a IA pode te ajudar a realizar as tarefas que você já faz hoje. É um bom ponto de partida.

Esperamos que essas várias lições acima não somente seja lidas mas te tragam algum benefício na prática.

Amanha de manha sai a parte 2.